terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Em assembléia, PMs e bombeiros decidem não entrar em greve no Paraná


Eles decidiram intensificar protestos por reajuste salarial, mas sem paralisação
Os policiais militares e bombeiros do Paraná decidiram que não vão entrar em greve nem paralisar suas atividades. Nesta segunda-feira (13), eles decidiram entrar em estado de vigília – o que significa uma intensificação dos protestos por reajuste salarial. Em assembleia realizada na Sociedade Beneficente dos Subtenentes e Sargentos, em Curitiba, representantes de associações militares decidiram por elevar o tom da campanha, mas sem paralisação.

“Essas palavras não estão no nosso dicionário”, garantiu o cabo Bento Eliseu Aleixo, um dos líderes do fórum das entidades de classe da categoria. “Ninguém melhor que nós sabe a falta que o policial militar e o bombeiro fazem. Todas as manifestações serão feitas por militares de folga, inativos e familiares”, antecipa.

O primeiro ato está marcado para esta terça-feira (14), às 13 horas, na praça Nossa Senhora de Salete, sede do poder executivo estadual. Durante 24 horas, os policiais se revezarão para manter velas acesas ininterruptamente. Também estão sendo planejadas novas passeatas, carreatas e panfletagens.

Os policiais militares e bombeiros pedem um reajuste retroativo a 1998, o que faria o piso salarial saltar 105% – de R$ 2,2 mil para R$ 4,5 mil. Se a proposta for aceita, a PM paranaense passa a ter o piso mais alto do Brasil. O governo estadual informou que irá apresentar uma contraproposta ainda nesta semana.

“Se a proposta vier ao encontro dos nossos anseios mínimos, ainda assim será interessante”, avalia Aleixo. Ontem, o secretário de Administração e Previdência, Luis Carlos Hauly, declarou à Gazeta do Povo que o governo não tem condições financeiras de conceder qualquer aumento neste momento.

Os policiais negam que a decisão de não entrar em greve foi motivada pelo desdobramento dos piquetes realizados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde líderes foram presos e movimentos foram desarticulados. “A nossa situação é diferente. Aqui, quem descumpre a lei é o governo do estado, ao não implantar a emenda 29 [que garante o subsídio à categoria]. Mas as decisões nesses lugares não nos influenciaram porque a greve não é uma opção”, descarta Aleixo.

Com informações de Tudo Paraná